Ingo Hoffmann (São Paulo, 28 de fevereiro de 1953) é um automobilista brasileiro. Hoffmann competiu na Fórmula 1 pela equipe Copersucar-Fittipaldi por 6 corridas só conseguindo largar em 3 delas e não pontuou. Ele é o maior campeão da história do Campeonato Brasileiro de Stock Car, com doze títulos. Os doze títulos foram nos anos de 1980, 1985, 1989, 1990, 1991, 1992, 1993, 1994, 1996, 1997, 1998 e 2002, sendo também dono da maior numero de títulos seguidos, num total 6. Correu na Stock Car desde seu início em 1979 e a temporada de 2008 foi a sua temporada de despedida. Com isso é um dos pilotos que mais temporadas participou da Stock Car (30 temporadas em 30 anos de Stock Car). Seu carro era em 2008 o de número 17, da equipe AMG, modelo Mistsubishi Lancer. Foi campeão com os carros Opala, Ômega e Vectra.
O COMEÇO
Quem analisa o currículo de Ingo Hoffmann pode não fazer idéia de como foi difícil sua estréia na Stock Car. Em 1979, quando retornou da Europa depois de atuar em várias categorias por três anos – inclusive com participações na Fórmula 1 -, viu-se às voltas com um carro pouco competitivo, com que faria sua primeira participação na categoria, então uma novidade do automobilismo brasileiro, na pista de Guaporé, também no rio Grande do Sul.
Para se ter uma idéia, Ingo conseguia, nos treinos, tempos cerca de um segundo e meio por volta mais lentos que os do penúltimo colocado. “Aquele carro não era nenhuma maravilha, é verdade, mas eu também não consegui me acertar lá dentro”, lembra. Durante a corrida, para não tomar volta dos líderes, decidiu abandonar. “Eu lembro que saí resmungando por causa de um tal de problema mecânico, mas o carro não tinha nada”, diverte-se.
A prova em Guaporé foi disputada no dia 29 de abril, uma semana depois da estréia da categoria. “Eu tinha acabado de chegar da Europa e eram duas as opções para correr no Brasil, a Stock Car e a Super Vê. De última hora, o Paulo Renato Morais Pinho, da McCann Erickson (agência de publicidade que até os dias de hoje atende a General Motors), que era um grande amigo meu, conseguiu um patrocínio da GM para me levar para a Stock”, detalha.
Apesar de todos os contratempos enfrentados em Guaporé, Ingo manteve sua aposta na categoria, que surgia à luz do sucesso que o modelo Opala fazia na época. “Minha intenção era me profissionalizar no automobilismo depois de alguns anos correndo na Europa. Hoje, vejo que fiz uma escolha absolutamente correta. A categoria teve momentos muito bons e também tempos de vacas magras. E eu dei minha contribuição para isso, também”, cita, orgulhoso.
Ao final do ano de 2008, após 30 anos na Stock Car e 12 títulos na categoria, Ingo Hoffman se aposentou das corridas de automóveis, obtendo em sua última corrida na Stock Car o 3º lugar no GP de Interlagos, vencido pelo piloto Thiago Camilo, e que consagrou como campeão da temporada o piloto Ricardo Maurício. Ingo recebeu diversas homenagens por todas as conquistas em sua carreira; numa das homenagens, recebeu de presente o Opala com o qual foi campeão pela primeira vez na Stock Car em 1980, totalmente reformado nos boxes de Interlagos no fim de semana de sua última corrida e sem que ele soubesse. Apesar da aposentadoria como piloto, Ingo Hoffman continua ligado ao automobilismo, trabalhando como chefe de uma equipe da Stock Car a partir de 2009.